terça-feira, 11 de agosto de 2009

o conteúdo dessa página foi removido

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Abri isso aqui por conta da crise dos 30 e pra colocar uns demônios pra fora.
Os 3.0 estão aí, os demônios já são outros e o blog entra em coma, por tempo indeterminado.
Foi estranho enquanto durou.


Mas valeu, acho.
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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Somebody's Watching Me

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Michael Jackson. Michael Jackson. Michael Jackson.
Por onde você olha.
Por onde você anda.
Com quem você fala.
Morte de Michael Jackson.

Nunca se falou tanto de Michael Jackson.
Nem com Thriller no topo.

Porque ali ele era zumbi.
Morto, morto mesmo, vale mais.
Já foi assim com muitos antes.
Nem vou citar, seria longa demais a lista.
Mas Jackson, em termos populares, só tem referencial em Beatles, Elvis, quem sabe.
Pra geração atual, até mais?

Vão se vender mais discos do que nunca.
Pelo menos, vai se ouvir mais.
Não sei se vai vender mais, ok.
Mas que vai ser mais baixado, isso com certeza.

Porque ele agora será santo.
Imaculado Jackson.
Pecados? Se existiram, nada que abale o mito.
Smooth Criminal!?




.....................The Jackson Five - I Want You Back


Dangerous? Invencible?
Hum.
Depois de morto, até isso será revisto.
Prefiro o passado negro.

O que é leve, bem, voa.
Why, why, tell em that is human nature
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segunda-feira, 29 de junho de 2009

I'm Free, You are One. We are Four!

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Nem todos são Pablo Picasso.
Óbvio.

E não vou agora começar com aquela idéia cretina-auto-ajuda de "pelo menos tente".

Mas já pensou em fazer algo pelo menos para marcar, nem que seja por 2, 3 minutos?

Virar marca.
Não ser marcado.
Porque todos nascem marcados.
Para serem profissionais.
Pais de família.
Mortos-vivos.

Agregados.

Desgraçados.

Gosto da idéia dos chamados one-hit-wonder.
Numa tradução simples: fazedores de um sucesso só.
Pode ser música.
Mas pode não ser também.

Só lembro de cabeça de:
01 quadro de Verocchio.
01 filme de Kevin Smith.
01 música de Gordon Lightfood.


.....................Gordon Lightfoot - Sundown

Nenhum deles foi igual a Dylan, ou Da Vinci.
Ou Hitchcock.

Porém, me lembro deles.
Vou me lembrar de você?

Espero lembrar de mim mesmo.
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segunda-feira, 22 de junho de 2009

The Times They Are-A-Changing

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Estava eu ontem fazendo algo que normalmente não faço.
Assistindo durante certo tempo a tv aberta.
Bom, desculpa na ponta da língua:
esperando para ver os gols de meu time, que por incrível que pareça anda animando esse ano.

O problema é que liguei a tv muito cedo, e como era fim de domingo, fiquei com preguiça até de mudar de canal.

Quando, de repente, surge ela, ex-asdrubal trouxe o trombone (e junto a mala), Regina Casé.

Eu semana passada andei tendo certa esperança na humanidade, mas essa mulher em 5 segundos de exposição no tubo catódico faz tudo cair por terra.

Não, o ser humano não evolui.

Não sei qual é o maior problema;
nem sei se for esse o problema;
se é inteiramente culpa dela ou pressão global:
achar que todo brasileiro nasceu no Leblon.

Mas que ela é uma das embaixadoras do Rio-tipo-exportação-para-o-resto-do-país-uma-vez-flamengo-sempre-flamengo, isso ela é.

Então, mais uma vez senhora Casé.
Ela tem a manha de transformar uma idéia mais ou menos em algo terrível.
A idéia do esquete: gírias que saíram de moda.



Gary Glitter - Rock'n'Roll Pt. 02 (moda anos 70 que papai não quer lembrar)


É engraçado.
Não o esquete.
Mas como Regina Casé parece também a representante número 01 dos velhos que acham que são jovens.
Nada contra pessoas que tentam manter o pique, em forma, etc.
Mas alguém de 50 anos tentar interagir no mesmo nível com alguém de 20, soa, no mínimo, mínimo mesmo, patético.

E por aí foi dona Casé, lembrando com todo esforço (que atriz!) de alguma gíria (carioca) entre a moçada (carioca) super jovem (carioca) o que foi novo anteontem (para carioca) e é jurássico hoje (para carioca).

Para mineiro entender.
Para paulista refletir.
Para nordestino sacar.
Para gaúcho chorar.
E para eu implorar.

Deus, me livrai da tv aberta!
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sexta-feira, 19 de junho de 2009

Monkey gone to heaven

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Já é a quarta ou quinta vez que sou convidado/obrigado a ouvir e comentar sobre o tal "macaco da novela que pinta e faz fama".
Dói.

Não o macaco, mas a referência ele-formou-em-artes-então-vai-ter-comentário-sobre-o-assunto.

Nunca vi o tal macaco.
Ou suas pinturas.
E/ou a novela.
E, tá, não me acho mais esperto ao dizer que não acompanho novelas.
Não acompanho é tv mesmo.
Falta de paciência.
Gosto de ver futebol, aquele aquário-verde-gratuito(!?) de duas horas.

Mas, como parece realmente interessar algumas pessoas meu comentário sobre isso, lá vai.
(Já acho incrível alguém querer ouvir qualquer comentário meu, sobre qualquer coisa)

Vamos ao que sei sobre a situação, de ouvir falar:
01 - O macaco pinta institivamente os quadros.
02 - Um personagem vive a fama dos quadros pintados pelo macaco.
03 - todos se admiram pelas "pinturas".

Ok, ok, ok.
O autor da novela quiz zoar, óbvio.
Minha primeira questão é se ele é somente estúpido, dizendo que o personagem-macaco realmente pode fazer como qualquer pintor abstrato.
É tipo humor classe média burra, mas ok.
Somos todos macacos, etc.

Talvez ele queira apenas fazer uma brincadeira com o tema, mas acho improvável.
Coisas de macaco.

No dia mais acessível, saí com essa, quando fui interpelado:
"o macaco não poderia de forma alguma chegar ao apuro de um artista abstrato, já que esse parte de estudos de construção e desconstrução, tanto teóricos quanto técnicos, para se chegar ao resultado final."

Eu estava de bom humor e não queria dar brechas para discussão.
Funcionou, acho. Tive silêncio, respeito e concordância.


A classe média ri, arrota e grita: "é mesmo, o macaco fez igualzinho aquele que vi no museu".

Ah sim, a classe média brasileira vai em museu/galeria.
Fim de semana tirar foto com os filhos e/ou a namorada.

O pobre, aquele que trabalha pra classe média, ou faz parte dela um degrau abaixo (o mezzo-pobre, sei), ri junto com o patrão.
As vezes ele não teve chance de estudo.
E/ou só quer continuar no emprego.
Invariavelmente, ele quer agradar o chefe, rindo junto.



The Smiths - Heaven Knows I'm Miserable Now (Morrissey e seu emprego)


É.
O macaco faz igualzinho.
Manda banana pro macaco, manda!

Saco.
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