quarta-feira, 29 de abril de 2009

Smalltown Boy

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Música de clubes.
Não, não é de clubes noturnos.
Estou falando de churrasco mesmo.
Bóias.
Água com cloro e xixi.
É memória, talvez um pouco afetiva.
Mas ao mesmo tempo pouco afetiva.
Como ter afeição pela bandana do Mark Knofler?
Ou pela banda dele.
Ou pela época da banda dele...

Você sai da sua vida, mas sua vida não sai de você.

É aquela trilha de sessão da tarde.
Alguns, muitos, não se livram disso.
E dizem, "poxa, não se fazem mais músicas como antigamente".
Fazem sim.
Foram para o underground, a música em voga de outrora.
As vezes volta como modismo para a grande mídia, e chega novamente ao ouvinte comum.
Mas como nostalgia, ou piada.
Normalmente uma piada nostálgica.
Mas ela nunca parou.
Para alguns.




...........................The English Beat - Save It For Later

EBM, house, gótico, hardcore, country, soul, até rock'n'roll.
Samba!
Veja só.
Sobrevivem em cantos escuros.
Para os que tem uma visão de Doberman.
É, aquele cachorro que não tem visão periférica.
Ou para aqueles que não tem visão, somente nostalgia.

Mas será que você, cachorrinho, vai conseguir viver sempre em 1985, 86, ou sei lá qual for a data de sua preferência?
Mais que isso, vai conseguir viver com a mesma intensidade?
Melhor nem pensar nisso.

A idéia de rock'n'roll é a nostalgia.
Mas não seria do samba também?
Então tá.

"Não deixe o samba morrer..."
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sexta-feira, 24 de abril de 2009

E você nem troca o pijama, preferia estar na cama

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Sono.
Mas vou deixar uma musiquinha aí.


...................Nada Surf - Concrete Bed


Nada demais.
Nada a mais.

Desculpe, é o sono.

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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Human Cannonball

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Meu nome preferido de banda em todos os tempos é dos
Butthole Surfers
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Algo como "surfista de cu é rola".
Simpático assim.

Porquê?
Porque gosto de palavrões?
Não.
Que se fodam os palavrões.
E a última frase explica isso.
Não é forçado o palavrão, sabe.
É irônico mesmo.
Butthole Surfers é uma banda underground americana.
"Alternativa".
Vinda de um lugar cheio de surfistas.
Imagino pela música dos caras do Butthole Surfers que eles não curtam muito o esquema cabelo-loiro-gatinhas-bronzeadas-música-de-boy.

Mas o lance aí é o uso do palavrão.
Já viu cinema nacional antes do boom Cidade de Deus, e já ficou ofendido quando algum ator dizia um palavrão?
Eu também.

Talvez por motivos diferentes.
Eu ficava constrangido, na maioria das vezes.
Porque não era pastelão.
E também porque eu não conseguia levar a sério quando uma atriz gatinha fingindo ser barraqueira soltava um "vai tomar no cu".
Soava falso demais!

É aquela mania de diretor brasileiro de querer misturar cinema cool francês com "estética" tupiniquim.
Vexame.

Adoro Boca do Lixo.
Cinema Marginal, Zé do Caixão, beleza!

Mas diretorzinho-metido-a-besta de cool é rola.
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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Political song for Michael Jackson to sing

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Depois de um tempo, é muito complicado se impressionar com algo da cultura popular.
Você passa a perceber os padrões.
Os mesmos erros e acertos.
As cópias descaradas.
A repetição de temas.
Enfim, tudo que é o novo em cultura pop já nasce extremamente velho.
E datado.
E, algumas vezes, quem faz tem total consciência disso.
Mas os acertos podem vir disso também.



Galactic - Hustle Up

Algumas vezes também não, claro.
Tenho pra mim a idéia imbecil que 90% dos artistas são REALMENTE interessantes quando estão começando, por conta da fome, simplesmente.
Fome.
2 primeiros filmes, quem sabe 3.
2 primeiros discos, quem sabe 4.
Depois, algumas adaptações em idéias antigas, algumas vezes conseguindo resultados até melhores, mas sem aquela gana, vontade e erros que são totalmente saborosos.

Tá.
Pense dois minutos e verás que os filhos teus não fogem a luta.
Que Beatles, Dylan, Neil Young, Beastie Boys, e muitas etcteras matam essa idéia.
Mas não direciono aos ídolos banhados em (discos de) ouro.

Falo daquele ser humano médio.
Igual nas músicas do Minutemen.
Igual AO Minutemen.
O homem comum.
O Working Class Hero.
O que tá puto porque perdeu a namorada.
Ou o emprego.
Ou porque não tem nada pra perder.
A perder.

Grava dois discos bacanas.
Pra, quem sabe, pagar as próprias cervas.
Faz uns curtas porque não suporta tv.
Cara, televisão mata as pessoas aos poucos.



Minutemen - Corona


Se bem que filmes de uns tempos pra cá também tem surtido o mesmo efeito.
Prefiro a novela indiana que tem a Juliana Paes do que aquela do Danny Boyle que dura 2 horas e tanto, e não tem a gostosa em questão.
E ganha o Oscar, bah.

.................................................................Superman

Mas é o cara comum falando.
Aquele que tem consciência que não vai salvar o mundo.
E que ao mesmo tempo acha que o mundo, assim como rock'n'roll, ou cinema, nunca precisou ser salvo.
Que assiste a futebol.
Independente da facção xiita de esquerda que chama aquilo de circo romano.
Prefiro o meu, preto no branco, que o vermelho com foice e martelo deles.
A órbita deles é bem mais distante que a minha.
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terça-feira, 14 de abril de 2009

Nada incomoda o silêncio e a paz de Jonas

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Já teve vizinho barulhento?
Bagunceiro?
Claro que já.
Tinha algo de familiar naquilo...
Ah, você já foi um?
Talvez eu já tenha sido também, nem que por uma noite.
Uma hora depois das 10.
Uma música.
Foi por querer?
Que música era aquela?
Pra incomodar?
Não foi, acredito.
Tinha algo de familiar naquilo...

Mas tem coisas que incomodam muito mais que isso.
Veja a TV.
Não, não veja.
Aqueles raios catódicos trazem maior malefício que os ultra-violeta.
Os catódicos me fazem obedecer.
Tinha algo de familiar naquilo...

...............................Mestre Jonas - Sá, Rodrix e Guarabyra

Estava dia desses, me assustando com algo.
Algo que ouvi uma vez quando tinha 10 anos de idade.
Era coisa de menina, New Kids on the Block.
Logo, era nojento.
Quando você é criança, garotas e tudo o que elas gostam são inimigos.
Isso muda depois.
Hum.

New Kids on the Block era uma dessas bandas inventada por produtores.
Muito bem construída.
Já ouviu Tonight?
É Beatles puro.
Sério.
É uma armação, claro.
Se você tiver entre 25 e 30 anos, vai achar isso ridículo.
Comparar Beatles com uma armação?
Cá entre nós.

George Martin inventou a maior parte das inovações dos Beatles.
Claro que John, Paul, George e Ringo (não, Ringo não) eram super criativos e davam as idéias à George Martin.
Mas quem colocava aquilo em prática?
Quem transformava o sentido figurado em algo tangível?
Pois é.

Isso te incomodou?
A mim?
Talvez.
Não.
Ama teu vizinho como a ti mesmo.

Vou continuar ouvindo Elvis.
Gospel Elvis.
Amen.

este post foi uma piada, ok?

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segunda-feira, 13 de abril de 2009

Working on the Highway

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Perto da saída do bar/lanchonete, sentado, encostado no balcão.
Botas velhas?
Não.

Sapatos velhos mesmo.

Jornal é novo, mas também, custou 25 centavos!

O café é velho, mas custou 50.

Mas também a manchete já tinha passado no jornal noturno, na tv...

O que vale, na verdade, são as notícias menores.
Possibilidades.

"Faxineiro com experiência".

Ora bolas.

"Pra usar uma vassoura?"

John Wayne?


Já mencionei aqui neste blog "Obrigado por Fumar".
Na minha cabeça é um faroeste.
Faroeste urbano, tipo "Midnight Cowboy".

Sobrevivência.



Os melhores 'filmes de situações' são aqueles que vão além do tema central.
Chamo de filmes de situações os filmes com narrativas.
Aquela coisa de personagens, início, meio e fim, etc.
E o tema central é aquele que julga a categoria na prateleira da locadora.
Lembra delas, as locadoras?
Hum.
Você passa tempo demais no computador, sei.

Mas as categorias são necessárias, claro.
Pessoas calmas veem filmes com a Meg Ryan, Nicholas Cage, ou outro com cara de chorão.
Para se manterem calmas.
Pessoas agitadas veem Steven Seagal.
Para se manterem agitadas.
Impossível nao se mexer no sofá com Steven Seagal.
Eu, por exemplo.
Rapidamente vou pra outro lugar.

Categorias.

O conceito para elas normalmente é óbvio.
Prefiro as entrelinhas.
Vejo Westerns como manuais de sobrevivência.
Não como cowboys atirando em outros cowboys.
Ou índios.
Ou isso também, mas vejo pela minha ótica.

A procura de recompensa.
Ou compensação.


Sobrevivência.

Redenção é para os fracos.

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quarta-feira, 8 de abril de 2009

Hello Goodbye



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Joey Ramone
Roy Orbison
Joe Strummer
Lux Interior
George Harrison
Arthur Lee
John Entwistle
Rick Wright
Johnny Cash
Isaac Hayes

Tem mais aí, lembrei desses.

Meus heróis estão morrendo, e não é de overdose.

Câncer, infarto. Germes.
Velhice.
A minha geração vê a dos anos 50, 60, 70, quem sabe 80, morrendo.
Mas de causas, han...naturais.

O mal irremediável.
Já parou pra pensar nisso?

Nossa geração veio pra enterrar os "heróis" de outrora.
Matar o sonho de que eles viveriam rápido, e morreriam mais rápido ainda.
Pra viver pra sempre.
Muitos já tinham morrido antes de cair pra trás, é verdade.

Tolice.
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quinta-feira, 2 de abril de 2009

Vale Quanto Pesa

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Teoria Ramônica, Parte qualquer.

Tenho pra mim que Ramones é o cúmulo do urbanismo.
Porquê?

Fato 01:
Coloque Ramones para qualquer ser humano com raízes agrárias.
As reações de asco serão instantâneas.

Fato 02:
Coloque Ramones para qualquer pessoa sã com mais de 25, e no máximo você terá uma expressão de nostalgia.

Porque o fato 02 é uma condição urbana?
Óbvio, informações no meio urbano se proliferam mais rápido, e são em bem maior quantidade.
Logo, o ser tem a possibilidade de evoluir.
Só possibilidade, na maioria dos casos.

O que puxa para o Fato 03:
Sonhos morrem.

É bem urbano isso.
Porque o retirante acredita no sonho.
O adolescente também.
Os Ramones também.

Quem fica no interior, no pensamento do cara cansado do tráfego/tráfico, vive o sonho.
E quem pensa na casinha no campo como sonho, já entregou os pontos.

Até os 24, 25 anos, o jovem, urbano, com possibilidades, é irredutível.
Igual Ramones.
É "irresponsável".
Igual Ramones.
Vive de utopia.
Igual Ramones.

Depois dos 24, 25 anos, tirando um ou outro devaneio hippie, sua alma e vontade variam de acordo com as cotações do mercado.
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