segunda-feira, 22 de junho de 2009

The Times They Are-A-Changing

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Estava eu ontem fazendo algo que normalmente não faço.
Assistindo durante certo tempo a tv aberta.
Bom, desculpa na ponta da língua:
esperando para ver os gols de meu time, que por incrível que pareça anda animando esse ano.

O problema é que liguei a tv muito cedo, e como era fim de domingo, fiquei com preguiça até de mudar de canal.

Quando, de repente, surge ela, ex-asdrubal trouxe o trombone (e junto a mala), Regina Casé.

Eu semana passada andei tendo certa esperança na humanidade, mas essa mulher em 5 segundos de exposição no tubo catódico faz tudo cair por terra.

Não, o ser humano não evolui.

Não sei qual é o maior problema;
nem sei se for esse o problema;
se é inteiramente culpa dela ou pressão global:
achar que todo brasileiro nasceu no Leblon.

Mas que ela é uma das embaixadoras do Rio-tipo-exportação-para-o-resto-do-país-uma-vez-flamengo-sempre-flamengo, isso ela é.

Então, mais uma vez senhora Casé.
Ela tem a manha de transformar uma idéia mais ou menos em algo terrível.
A idéia do esquete: gírias que saíram de moda.



Gary Glitter - Rock'n'Roll Pt. 02 (moda anos 70 que papai não quer lembrar)


É engraçado.
Não o esquete.
Mas como Regina Casé parece também a representante número 01 dos velhos que acham que são jovens.
Nada contra pessoas que tentam manter o pique, em forma, etc.
Mas alguém de 50 anos tentar interagir no mesmo nível com alguém de 20, soa, no mínimo, mínimo mesmo, patético.

E por aí foi dona Casé, lembrando com todo esforço (que atriz!) de alguma gíria (carioca) entre a moçada (carioca) super jovem (carioca) o que foi novo anteontem (para carioca) e é jurássico hoje (para carioca).

Para mineiro entender.
Para paulista refletir.
Para nordestino sacar.
Para gaúcho chorar.
E para eu implorar.

Deus, me livrai da tv aberta!
. .

Um comentário:

Juliana Ribeiro disse...

Sei não.
acho q a regina casé consegue dar umas dentro muito de vez em quando. apesar de todo a sua carioquice, não dá pra negar que ela é a que mais chega perto do povão (pro bem ou pro mal). A linguagem que ela usa é pro povão mesmo.