sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Drug me


Andei pensando, tem um tempo, sobre a relação de seres humanos com vícios. Alívio? Distração? Fuga? Não, não tenho certeza...
Música é o meu vício. Sim.
Sou apaixonado por cinema, artes, livros, até quadrinhos (hum, que pejorativo esse "até").
Não sou apaixonado por música pop. Sou viciado.
Isso não quer dizer que eu não adore música pop.
Mas são, pra mim, as músicas, como pílulas. Pílulas de 3 minutos, pílulas de 2 minutos, de 5. Tenho minhas droguinhas preferidas, as vezes preferidas do dia, ou da semana. Ou de sempre.


Lou Reed. Perfect Day. Uma droga de sempre. A mesma droga de sempre?
Música pop é música pop. Nada demais. Somente um vício. Induzido? Muitas vezes sim.
Seja por um comercial, pela rádio, por filmes. Pela vida afora.
Porque às vezes essa pílula (azul ou rosa?) entra pela sua boca (ouvido) sem você perceber, e você passa a congelar esse momento em sua vida, uma lembrança. Uma nostalgia.
Em certas circunstâncias, você nem lembra direito daquilo, e da pílula. Ou lembra de um assobio.
Eu lembro de um piano, com orquestração, bem cafona, isso mesmo.
Não lembro o momento, são vários momentos. Várias épocas.



A mesma droga de sempre.

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