sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

They were supposed to be my dreams

A idéia, em princípio, é ser curta-metragista.
A minha idéia.
Não resumo, mas evitar delongas.
E longas.
Brincar com excessos mesmo assim.
Excessos pessoais me interessam.
Excesso de contrastes.
Digo técnica, psicológica e filosoficamente.
Brincar no limite do suportável.
Como rock'n'roll.
Ou jazz.
Ou, quem sabe, samba.
Mas doente, senão do pé, as vezes da cabeça.

Não tenho interesse na Meg Ryan, não me interessam as comédias.
Românticas então estou longe.
Novelas.
A obrigatoriedade de um começo, meio e fim.
Para viabilizar os meios.
Me parecem ultrapassados.
Não tem realmente um fim.
Apesar de para muitos ser o começo.

O disco que escuto hoje chama-se "Las Vegas Story".



Story sem "hi".
"High Fidelity".
Como no português.
Verdades sem documentação.
É quando falta "h" em estória.
Uma assinatura em cartório.
Um contrato.
Como faz a Meg Ryan quando parte para outra novelinha de duas horas.
DUAS HORAS?
É muito tempo...
"O Resgate do Soldado Ryan", por exemplo.
Puta filme ruim com uma sequência inicial maravilhosa.
O resto, são "os meios".
O fim eu nem vi.

Gun Club foi uma banda de um cara interessante.
Jeffrey Lee Pierce.
Ele era a banda.
De curta duração.
O " Las Vegas..." nem é considerado o melhor dele.
Eu considero o disco.
Não considero o melhor, não me importa.
São só contos.
Curtos, o maior de 5 minutos.
No total, meia horinha.
Nada de resumos.
Sem promessas de final feliz.
Sem promessas.



"You can't take and steal from this body..."


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