segunda-feira, 2 de março de 2009

Strangeways, here we come

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Tem um tipo, na maioria das vezes universitário, que eu acho mais reacionário que metaleiro fã de Boston.
É o que acredita que a MPB chatona é a única salvação da humanidade.
Denomino MPB chatona aquela do carinha, na maioria das vezes cabeludo, que acha Caetano legal só até 72.
Mas que perto de Tom Zé, Caetano é um merda vendido.
Se for comparar com Jards Macalé, ferrou.
Mas que legal mesmo é o Toninho Horta.
Nada contra os nomes citados, tenho até um disco do Horta em casa.
Mas o problema são os fãs que ele agregam.
Assim como fã de rock progressivo.

Na maioria das vezes, o fã desse tipo de música, tem no máximo a minha idade, talvez chegando nuns 32, 33.
E acha aquilo a dita vanguarda.
Engraçado.
Porque se o cara tem 33 anos (vamos pegar a cauda, o fã mais velho, ok?), e estamos em 2009, bem, o cara nasceu em 1975, 76.
O auge do progressivo a meu ver foi 71, 72.
A MPB que ele tanto aprecia, teve seus últimos bons momentos até quem sabe 1980, estourando.
Peraí.
O cidadão nem era nascido.
E acha tudo feito depois ruim?
Bom, vamos lá.
Ou ele é surdo.
Ou ele é um reaça de merda.
Ou a vida dele é uma merda.
Porque se ele nunca ouviu nada durante sua vida, sem ser disco dos tios ou pais, que achou legal, que vida horrível é a dele, não?
Mas tá, a gente escolhe as nossas referências, eu sei.

Lux Interior, vocalista da banda Cramps, morreu tem uns dias.
Lux só tinha em casa móveis que datassem até a metade da década de 60.
Lux só ouvia música gravada até 65.
Lux se vestia como se estivesse em 65.
Pode parecer divertido.
É engraçado mesmo.
E Cramps é uma banda legal.
Mas se você não admite ao mesmo tempo que isso tudo é ridículo, temos um problema.

Talvez você tenha acreditado demais nas bobagens que ouviu dos pais, da tv e do rádio.

Eu também tenho minha parte reacionária.
Este blog é o exemplo máximo disso.
Um exemplo direto?
Ok.
Por mim, pessoas só teriam filhos depois de passar por testes psicológicos.
Falo sério.
Já pensou se existisse tal teste?
Nas minhas contas, 90% das pessoas vivas nunca teriam nascido.
Pais despreparados.
Ou desgovernados.
Estava eu dirigindo pra casa, um fim de domingo tranquilo.
Bem blasé.
Me passa desembestado um Santana Quantum, a mil.
Até aí tudo bem, ele escolhe as placas que quer ler.
Se ele souber ler.
Mas tinha que deixar o guri dele no banco de trás?

É, este foi o texto mais reaça deste blog.
E eu nem tava ouvindo algo como "Teach your children", do CSN&Y.

Estava escutando "Chidren of the Grave", do Sabbath.

Acredite.

Falo sério.



Ou não.

Melhor não.

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